O ano de 2022, por um conjunto de fatores internacionais, ficou marcado pela grande instabilidade nos preços da energia, que tiveram uma subida no mercado grossista nunca antes assistida. Para fazer face à subida dos preços, os Governos de Portugal e Espanha criaram o Mecanismo de Ajuste Ibérico, que permitiu, até então, uma redução de 20% no preço da eletricidade em 2022.
Em 2023, ainda não é certo que este mecanismo, também designado de Mecanismo ou taxa MIBEL (nome do mercado), seja prolongado para além de maio de 2023. No mercado regulado, a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) apresentou uma proposta de aumento no preço da eletricidade para o mercado regulado de 2,8% a partir de 1 de janeiro de 2023, o que para as contas familiares dos portugueses é um aumento significativo.
A Repsol, por seu turno, começou o ano com uma nova oferta, os Planos Leve Mais e Viva Mais, com o preço kWh de eletricidade mais competitivo. A tarifa de eletricidade é “mista”, o que quer dizer que os seus Clientes terão uma componente que é fixa e outra que varia em função do custo do mecanismo. Mas explicamos mais à frente quais as diferenças e como impactam a sua fatura de energia.
Com a aplicação do mecanismo, a maioria das comercializadoras de eletricidade que pretendiam transferir esse custos aos clientes finais, tiveram de colocar uma nova rubrica nas faturas a emitir às famílias e empresas. Este mecanismo tem um custo associado, que varia diariamente e pode ser consultado no site da OMIE, mas que é repercutido na fatura através da média diária do mês anterior e de acordo com o período de faturação
Se, por um lado, poderá representar um custo para os consumidores (visto que o valor pode em determinados períodos ser mesmo negativo), por outro permite que o preço no mercado grossista baixe, possibilitando, assim, às comercializadoras oferecer condições mais vantajosas para os seus Clientes, como é o caso da Repsol.
Desde o 3º trimestre de 2022 que algumas comercializadoras começaram a cobrar esta mecanismo aos seus Clientes. O custo é aplicado aos contratos a preço fixo, celebrados ou renovados a partir de 26 de abril de 2022, ou todos os contratos indexados ao mercado ibérico de eletricidade.
Ainda não reparou neste valor? Nós explicamos melhor.
Nem todas as faturas têm refletido este custo, uma vez que as comercializadoras, nas suas ofertas, podem transferir este “risco” para os seus Clientes, com tarifas mistas, discriminando, o custo do mecanismo na fatura, ou então incorporar o custo na tarifa fixa, cobrando aos seus Clientes o designado prémio de risco referente ao mecanismo.
A Repsol, na sua oferta de eletricidade e gás, coloca à disposição dos seus Clientes ambas as modalidades. Ou seja, nos Planos Leve e Viva os seus Clientes poderão usufruir de uma tarifa que lhes dá toda a tranquilidade, uma vez que o preço pelo kWh é igual durante os 12 meses do contrato. Nestes dois Planos, a Repsol assume o risco e incorpora o custo na fatura de energia. Todavia, também oferece aos seus Clientes a outra modalidade, com os Planos Leve Mais e Viva Mais. Nestes casos, a Repsol consegue oferecer um preço mais competitivo pelo kWh, uma vez que não cobra aos seus Clientes o prémio de risco do Mecanismo de Ajuste Ibérico. Nestes casos, o custo vem discriminado na fatura mensal de energia, com a designação “Mec. DL/33/2022”.
Se não sabe qual a melhor tarifa para as suas necessidades de consumo, poderá recorrer a um simulador. No caso dos Planos da Repsol, existem outras vantagens que não estão refletidas no preço destes simuladores, mas que, certamente, irão reduzir não apenas o custo da sua fatura de eletricidade e gás, como de outras energias.
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